Sinop: Delegado diz que cantora teria sido assassinada por facção

O delegado da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Bráulio Junqueira, concedeu uma entrevista na manhã desta segunda-feira (11) e informou que as investigações sobre a morte de Gabriel Santos Da Rosa, de 27 anos, conhecido artisticamente como Santrosa, começaram imediatamente após o corpo ser encontrado.
De acordo com o delegado, a princípio, a motivação do crime estaria relacionada ao fato de Santrosa estar vendendo drogas sintéticas sem a autorização de uma organização criminosa. "Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa com certeza, mas nossa equipe conseguiu informações de que a vítima estava comercializando drogas sem a permissão da facção. Quando a organização soube, exigiu que ele parasse", explicou Bráulio Junqueira.
Bráulio também afirmou que a forma como Santrosa foi morto indica uma retaliação por desobediência às ordens da facção. "A violência do crime, com a cabeça decepada, é característica de quem não cumpre as ordens da facção. Ele foi sequestrado, executado e o corpo foi abandonado no local onde foi encontrado", concluiu.
Durante as investigações, foi apurado que a droga associada a Santrosa foi levada pelos criminosos.
O corpo de Santrosa foi encontrado em uma área de mata, a cerca de 25 km do centro de Sinop, com as mãos e pernas amarradas e a cabeça separada do corpo, a cerca de 10 metros de distância. A localização foi descoberta após uma denúncia anônima à Polícia Civil.
A vítima estava desaparecida desde o sábado (9), e seus familiares haviam feito apelos nas redes sociais por informações, mas foi no domingo (10) que o corpo foi localizado.
Santrosa, além de cantor, foi candidato a vereador em Sinop pelo PSDB. Conhecido por seu estilo despojado e por ser homossexual, ele se destacava na cena local.
O corpo de Santrosa foi velado na manhã desta segunda-feira (11) e sepultado no cemitério local.
Os pais e amigos estiveram presente no último adeus.