Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bem vindo ao Visão Notícias - 18 de Junho de 2025 - 04:49

MORTE DE PSICÓLOGA

Polícia Civil descarta suicídio e trata o caso como feminicídio

17 de Junho de 2025 ás 16h 12min, por MIDIA NEWS
Foto por DIVULGAÇÃO

O delegado da Polícia Civil de Sinop, Ugo Ângelo Reck de Mendonça, afirmou que o assassinato da psicóloga Janaina Carla Portela Santin, encontrada morta na tarde da ultima segunda-feira (16), será investigado como feminicídio, após a perícia não identificar lesões compatíveis com suicídio.

“Eu acompanhei a necrópsia hoje de manhã e, juntamente com a médica legista e os peritos, foi novamente confirmado que não havia sinal de tiro encostado na cabeça da vítima, descartando assim a hipótese de suicídio”, afirmou o delegado.

Ainda de acordo com Ugo Mendonça, a suspeita de feminicídio surgiu após o marido da vítima apresentar inconsistências ao relatar o momento em que Janaina teria, supostamente, atirado contra a própria cabeça.

Após uma análise preliminar da cena do crime, uma equipe da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) constatou que o ângulo do disparo não era compatível com a versão apresentada pelo marido.

“Acredito que após praticar o ato, ele alterou a cena do crime, mudou a posição do corpo. Acredito que ele mesmo efetou os disparos, simulando que a vítima teria efetuado esses disparos”, declarou o delegado.

Além dos disparos ocorridos na residência, o delegado não descarta a possibilidade de o suspeito ter atirado contra si mesmo, uma vez que ele apresenta ferimentos de bala na perna direita. O homem passou por exames para detectar vestígios de pólvora nas mãos.

“Acredito que ele mesmo efetou o disparo na perna dele. É compatível o ângulo de entrada e saída com a direção do disparo pelo fato dele ser destro”, explicou.

Diante da dinâmica apurada pela Polícia Civil, a hipótese de suicídio foi descartada, e o caso segue sob investigação como feminicídio.

“Como não tem essa confirmação de tiro encostado, não tem suicídio. Não tendo suicídio, só estava ele e a vítima na casa, resta o feminicídio”, concluiu o delegado em entrevista ao portal SóNoticíais 

Janaina e o marido residiam no bairro Delta, em Sinop, e eram sócios de uma empresa especializada na venda de madeiras no município.