Vereadores vistoriam obras paralisadas em Sinop
Os vereadores Dilmair Callegaro (PSDB), Leonardo Viseira (PP), Professora Branca (PR) e Maria José (MDB), membros da Comissão Parlamentar da Inquérito (CPI) criada para investigar indícios de irregularidades nos contratos e nas obras públicas executadas e em execução pela empresa Água Engenharia, visitaram na tarde desta sexta-feira (3), o canteiro de obras de três Unidades Básicas de Saúde (UBS´s).
Em nenhum dos locais visitados há operários trabalhando.
No Jardim Montreal Park, por exemplo, há indícios de pagamentos indevidos se considerar que o valor pago pelos tapumes que cercam o canteiro de obras - R$ 18.949,56, é maior do que o executado pela empreiteira, segundo medição feita pelos vereadores. No local há, além dos tapumes, dois pequenos galpões de madeira que devem ser usados para guardar ferramentas e um banheiro pelos quais foram pagos R$ 15.357,90.
Pela placa com informações da obra, reutilizada de outra construção executada pela mesma empreiteira e sobre a qual se colou um adesivo, foi pago mais de R$ 3 mil reais. A empresa também recebeu R$ 1.415,43 pelo padrão que não está ligado à rede de energia e sequer tem relógio. Segundo documentos enviados à CPI a empresa já recebeu R$ 65.718,23 sem assentar um único tijolo.
A UBS do Menino Jesus II começou a ser construída, mas a obra foi "abandonada". No Jardim Safira, como no Montreal Park, só há a placa que indica que futuramente haverá uma Unidade Básica de Saúde, cerca e galpão, mas a empresa já recebeu R$ 66.273,28.
Um engenheiro deve ser contratado pela Câmara para acompanhar o trabalho dos vereadores, dando suporte técnico nas investigações.
Para o presidente da CPI, vereador Dilmair Callegaro, há muita coisa a ser explicada. "A primeira ação da comissão foi requerer documentos como contratos e plantas das obras. Uma análise rápida desses documentos mostrou que há discrepância entre o que foi contratado e o pouco que foi executado até agora", disse o vereador.
Diante das irregularidades, os vereadores devem ouvir nos próximos dias os engenheiros responsáveis pelas medições que resultaram em pagamentos e também os responsáveis pela própria empreiteira que tem outras obras, além citadas, contratadas pelo município.