Pivetta defende ampliação da malha em MT: "Todos ganham"
O vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido) saiu em defesa da ampliação da malha ferroviária em Mato Grosso como forma de baratear os custos do escoamento da produção e melhorar a economia do Estado.
Durante visita do ministro Tarcísio de Freitas a Cuiabá, na última sexta-feira (19), Pivetta salientou o interesse do Governo Federal em dar sequência às obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e da Ferronorte e lamentou os entraves jurídicos que barram a liberação desta última.
“Isso vai melhorar muito, vai baixar o custo do transporte, fazer com que o Mato Grosso enriqueça mais, tenha mais dinheiro circulando na economia local, ao invés de ir embora em óleo diesel, pneu, oficina, caminhão...”, afirmou.
“Melhora a segurança pros transeuntes das rodovias, porque nós temos em Mato Grosso um índice de acidentes insuportável nas grandes rodovias. Isso tende a melhorar e beneficia toda a sociedade”, completou.
Conforme o vice-governador, o transporte por rodovia de volumes de produção como ocorre atualmente no Brasil, principalmente oriundos de Mato Grosso para os portos, vai na contramão do que é o praticado em outros países.
“Não se faz transporte de grandes volumes através de caminhões, de pneus. Faz-se através de ferrovias ou hidrovias. E aqui nós não temos nem uma, nem outra”, salientou.
Liminar do STF
O Ministério Público Federal tem resistência quanto ao projeto da Ferrogrão em razão de áreas indígenas afetadas. Há ainda um embargo ambiental. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu em liminar a alteração de limites da Floresta Nacional do Jamanxim (PA) para a passagem dos trilhos.
À imprensa, Pivetta reclamou da burocracia envolvendo o projeto, mas cobrou agilidade no andamento das outras duas ferrovias, principalmente a Ferronorte, da empresa Rumo Logística.
“A Rumo é uma empresa privada que dispõe de capital e tem vontade de investir no trecho Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, passando por Cuiabá também. Então, nós devemos permitir que a Rumo faça o que quer fazer, porque vai trazer benefício a curto prazo pra toda a sociedade mato-grossense”, defendeu.
“Enquanto isso, se viabiliza a Ferrogrão, a Fico, outras alternativas que nós temos conhecimento que fazem parte dos planos do Governo Federal, e é nosso plano também. Nós temos que começar por alguma opção. Pior é viver sem nenhuma”, concluiu.