Clima esquenta e deputados não se entendem sobre Previdência
Deputados estaduais elevaram o tom durante as discussões sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma da Previdência em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (19), na Assembleia Legislativa.
O encontro reuniu representantes do MT-Prev e os parlamentares para chegar a um consenso sobre emendas a serem apresentadas à PEC. E o que deveria ser uma tentativa de consenso, tornou-se uma verdadeira confusão: tapa na mesa, palavrões e até abandono da reunião.
O clima esquentou quando o deputado Wilson Santos (PSDB) foi defender o texto na integralidade apresentado pelo Executivo Estadual.
Segundo apurou a reportagem, o parlamentar chegou a defender que a aposentadoria do servidor deveria ser feita na sua totalidade de forma privada. Ao terminar a fala, foi repreendido pelos deputados Paulo Araujo (Progressistas), Elizeu Nascimento (DC), João Batista (Pros) e até o secretário de Estado de Cultura, Allan Kardec, que é parlamentar licenciado.
“Desagradável, inoportuna, constrangedora. Tanto é que foi reprimido à altura”, disse uma fonte ao MidiaNews. Que completou dizendo que o parlamentar se comportou como um "puxa-saco" do Governo.
No meio da discussão, um dos deputados chegou a deixar a sala de reunião.
Também participaram da reunião o presidente do Legislativo Eduardo Botelho (DEM), Doutor João (MDB), Faissal Calil (PV), Carlos Avallone (PSDB) e o presidente do MT-Prev Elliton Souza.
Embate
A mensagem do Executivo altera a idade mínima para aposentadoria dos servidores públicos estaduais. Para homens será de 65 anos, e 62 anos para mulheres. Compulsoriamente quando completar 75 anos para ambos os sexos.
Um grupo de 10 parlamentares defende que haja uma regra de transição para que as regras comecem a valer.
A PEC só é aprovada se obtiver, em duas fases, o voto favorável de três quintos dos membros do Legislativo, ou seja, 15 deputados.