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Bem vindo ao Visão Notícias - 26 de Abril de 2024 - 19:23

SEDUC

Sintep vê manobra do governo para não pagar auxílio a interinos da Educação

08 de Julho de 2020 ás 16h 35min, por Andhressa Barboza
Foto por Rodinei Crescêncio

A demora do Governo do Estado em atender à situação dos mais de 6 mil profissionais interinos da educação, que ficaram sem emprego devido à suspensão das aulas, tem gerado críticas entre deputados, sindicalistas e sociedade. O anúncio, nessa quarta (8), da retomada do calendário letivo, com previsão de aulas à distância a partir de agosto, poderia ser um sinal de que o governador Mauro Mendes (DEM) estaria disposto a contratar os interinos.

Mas o representante do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep MT), Valdeir Pereira, vê manobra do estado para não cumprir com a lei aprovada na AL que determina o auxílio de R$ 1100 aos profissionais.

“Até agora nós temos a declaração do governo, mas no Diário Oficial não temos nada apontando para o retorno das aulas e sim atribuição. Temos a desconfiança de que o governo estaria aplicando um golpe no interinos para ganhar tempo e não conceder o auxílio, nem as contratações”, disse em áudio publicado nas redes sociais do Sintep.

A previsão do governo seria a contratação para agosto de somente 1400 profissionais, mas não explica se trata de professores ou técnicos.

As aulas estão suspensas desde 23 de março devido à pandemia da Covid-19. O calendário letivo de 2020 teria início em várias escolas, uma vez que os professores estavam repondo aulas referentes ao período de greve do ano passado.

Sem o retorno na data prevista, mais de 6 mil profissionais da educação que estavam com contratos temporários ficaram trabalho. Desde abril a Assembleia discutia propostas que iam desde o auxílio de R$ 1100 aprovado até a contratação desses profissionais.

O governo do Estado se recusou a atender os pedidos e não manteve diálogo com a categoria nem com os parlamentares. À época, o governador Mauro Mendes chegou a considerar desperdício a contratação dos profissionais que ficaram desamparados, pois não poderiam receber o auxílio do governo federal por seu último vínculo de trabalho ser com o estado.

Mauro voltou a atrás e após crise gerou críticas até por parte de aliados de Mauro, como o presidente da AL, Eduardo Botelho (DEM) que afirmou estar decepcionado e “vendo Mauro com outros olhos” por não considerar o que mais frágeis na pandemia. Agora a Seduc diz que estuda a contratação, que era contra.

O assunto do retorno às aulas no país ainda não é definido e tramita no Congresso propostas de alteração do calendário letivo. O Exame Nacional do Ensino Médio, que funciona como vestibular na maioria das universidades públicas, chegou a ser adiado para novembro, mas ainda pode sofrer novo adiamento se mantiver o número de infectados.