Mulheres do Centro de Convivência aprendem técnicas de tranças em encontro em Sinop

A oficina “Tranças que Contam Histórias”, realizada nesta quinta-feira (21), no Centro de Convivência Dona Zezé, na região dos Vilas, reuniu dezenas de participantes. O evento que aborda em sua temática a representatividade das tranças para a população negra, reforça a data comemorativa do Dia Internacional de Eliminação da Desigualdade Racial, celebrado ontem. 

Um encontro como este traz para dentro da comunidade a discussão sobre igualdade racial e valorização da cultura afro. Durante o evento, a oficineira e também conselheira de igualdade racial e de cultura, Zeneide Silva, explicou que as tranças são uma cultura originária do povo escravizado, símbolo de poder social, empoderamento, afirmação cultural e religiosidade.

Com os cabelos trançados, a participante Adna de Oliveira, de 24 anos, relatou que além da oficina despertar sua autoestima e ainda foi uma oportunidade para aprender mais sobre as técnicas usadas para fazer as tranças. “Até então que eu não sabia que eu era uma mulher negra de pele retinta, fui saber hoje. Me senti representada e empoderada, porque querendo não, eu já sofri preconceito por conta do cabelo e da pele também”, contou a participante. 

Zeneide ainda destacou sua felicidade com a ampla participação, para ela as tranças carregam uma história e as mulheres que participaram da oficina poderão usar o conhecimento adquirido para empreender. “Felizmente Sinop tem um Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial atuante, muito bem representado, temos pessoas de vários segmentos. Estamos atuando em diferentes espaços do município, inclusive tivemos ontem uma ação no CREAS, fazemos esse circuito e temos o apoio da gestão pública para trabalhar essas pautas nos espaços”, completou.